segunda-feira, 15 de junho de 2015

RESENHA - Como eu era antes de você.

Somente comece a ler esse livro se você não tiver absolutamente nada para fazer. Digo isso, pois escolhi começar a ler Como eu era antes de você em um final de semana extremamente movimentado e para perder a menor quantidade de tempo possível tive que ficar andando com livro. Acho que estava tão estampado na minha testa que eu PRECISAVA saber o que ia acontecer, que o fiscal da prova que eu fiz no domingo me deixou ficar com o livro até a hora da entrega das provas.

Não estou exagerando. Depois que o livro começa é impossível parar. Não tem como não se deixar levar pela história de Louisa Clark (26, cuidadora) e Will Traynor (35, tetraplégico). Ela é contratada por seis meses para ser a cuidadora de um tetra lindo e infeliz, tendo uma missão muito mais nobre e difícil (que é a graça do livro) do que tão somente acompanha-lo.

É bonito ver Lou crescer como pessoa, amadurecer, descobrir-se enquanto profissional e ver o amor que ela dá para aquele estranho, que tem tudo e ao mesmo tempo não tem nada. Já Will é aquele personagem apaixonante do começo ao fim do livro. Não tem como não se emocionar com as dificuldades físicas que um tetraplégico sofre para viver com um mínimo de dignidade, ainda que estejamos falando de uma pessoa rica e que mora na Inglaterra, assim como das inquietações que rodam sua cabeça.

Os desejos de Will, por mais nobre que sejam, confrontam-se com os sentimentos e expectativas daqueles que o amam. É dolorido ler a negativa de Will para as propostas de Lou, principalmente depois do esforço hercúleo que ela fez para lhe proporcionar alguns dias de felicidade. Inevitável não se colocar no lugar dela, chorar com ela e odiar Will eternamente.

Da mesma forma que é fácil entender os motivos que levam Lou a mudar de ideia. Will consegue tirar todo o peso da responsabilidade e da culpa que ela carregada com uma simples frase: “A decisão não é sua”. Assim ele a liberta de todo coração.


Além o texto fantástico, fica ainda a vontade de voltar a Paris, ir ao Café Marais (Rue des Francs Bourgeois), tomar um café com croissants e depois procurar o L’Artisan Parfumer, para experimentar o tal perfume que talvez se chame Papillons Extreme.

3 comentários: